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Acidente da TAM completa três anos sem punição aos culpados



Três anos após a queda do voo 3054 da TAM em Congonhas, os inquéritos da Polícia Federal, Polícia Civil de São Paulo e do relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) sobre a tragédia que matou 199 pessoas somam 140 volumes e ocupam uma sala inteira no Ministério Público Federal em São Paulo.

O procurador Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso, pode concluir uma denúncia, solicitar novas diligências ou arquivar o inquérito. Entretanto, não há prazo para a decisão.

Até o dia 13 de julho, 192 das 199 famílias de vítimas haviam sido indenizadas. Segundo a companhia aérea, os últimos sete processos de indenização podem ter parado por discordância entre a aérea e a família quanto ao valor da indenização ou a escolha de um tribunal fora do País para a causa.

O número de acordos indenizatórios da TAM estacionou em 192 em outubro de 2009. Houve famílias que optaram por não entrar na Justiça. Nem a TAM nem a associação de familiares das vítimas comenta o impasse ou revela os valores envolvidos nas causas. O prazo para que as famílias pleiteiem uma indenização termina neste dia 17 de julho.

A Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ-3054 (Afavitam) não comenta o andamento dos processos de indenização. "Cada um dos familiares teve sua decisão. A Afavitam orientou neste aspecto, mas o nosso propósito sempre foi o de responsabilizar criminalmente os responsáveis pela morte de nossos entes queridos", disse Dario Scott, presidente da associação.

Além das indenizações, a TAM vem pagando desde a data do acidente despesas com tratamento médico e psicológico, passagens aéreas e traslados para todos que comprovarem parentesco (pais, cônjuges ou irmãos de vítimas da tragédia). Segundo a companhia aérea, foram 52.564 horas de terapia (o que representa cerca de seis anos), 7.486 passagens aéreas e R$ 17,6 milhões em despesas que abrangem de hospedagem a gastos com lavanderia durante as viagens.

DA REDAÇÃO A JORNALISTA ANA MARIA GOMES.

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