Cartilha contra bullying é apresentada para o MEC
O material já passou por testes com 70 estudantes (35 de cada período) e 95% aprovaram o conteúdo, que inclui caça-palavras, desenhos e histórias sobre bullying.
“Entre as respostas a um formulário anônimo, os participantes destacaram que o material é importante porque ensina como agir caso eles sejam vítimas de agressão. Outros escreveram que a ideia é mostrar que brigas não levam a nada”, disse Ana Carina.
Como parte de sua tese de doutorado “Violência nota zero”, que deve ser defendida no próximo ano, a pesquisadora avaliou 400 alunos de duas escolas estaduais de São Carlos. Ela imaginava que, em resposta a seu questionário de 26 questões, de 10% a 15% responderiam que são vítimas de bullying. Mas o resultado surpreendeu:
“Foram 70% os que disseram que sofriam agressão física pelo menos uma vez a cada seis meses e que eram xingados sete vezes ou mais por semana”, contou.
O conflito entre as crianças no ambiente escolar revelado pelo estudo evidenciou um problema ainda maior: a violência doméstica. “Entre as meninas, 14% presenciavam agressões ou eram agredidas em casa, contra 7,5% dos meninos. Em 85% dos casos, as mães eram as responsáveis, contra 60% dos pais”, afirmou Ana Carina.
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