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Agentes penitenciários são afastados por denúncia de tentativa de estrupo dento do presídio na PB

Governo afasta agentes suspeitos de tentativa de estupro em cadeia da PB

Os dois agentes penitenciários suspeitos de assediar sexualmente duas irmãs de 18 e 17 anos de idade dentro da cadeia pública de Sumé, no Cariri paraibano, foram afastados de suas funções pelo governo estadual. De acordo com o secretário da Administração Penitenciária, coronel Washington França, o diretor também está temporariamente fora do serviço. Segundo ele, a medida foi tomada com o objetivo de evitar uma 'eventual ingerência' durante o desenrolar das investigações. O promotor de Justiça Eduardo Barros Mayer foi comunicado sobre o caso, ouviu depoimentos de envolvidos e informou que vai solicitar à Polícia Civil a instauração de um inquérito.
10/04/2012 15h22 - Atualizado em 10/04/2012 15h22
Irmãs dizem ter sido abusadas sexualmente quanto tentavam visitar pai.

Dois agentes penitenciários e um policial militar são investigados.

O Ministério Público da Paraíba investiga uma denúncia de que duas irmãs teriam sofrido abuso sexual por parte de um policial militar e dois agentes penitenciários quando tentavam visitar o pai que está detido na cadeia pública de Sumé, cidade localizada a cerca de 281km de João Pessoa. O promotor Eduardo Barros Mayer informou nesta terça-feira (10) que vai solicitar à Polícia Civil a abertura de um inquérito para apurar o caso.
Segundo o promotor, as denunciantes são uma jovem de 18 anos e uma adolescente de 17. Ele explicou que recebeu a notícia-crime, colheu o depoimento da maior de idade e identificou os suspeitos de envolvimento. Ele também deverá ouvir os depoimentos da adolescente, dos agentes, do policial e do detento que seria pai das supostas vítimas.
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Grávida de quatro meses, a jovem de 18 anos que denunciou o caso explicou sua versão do caso à TV Paraíba. Sem se identificar, ela disse que não chegou a acontecer ato sexual, mas que houve assédio e tentativa de estupro. Segundo a suposta vítima, ela e a irmã teriam sido atraídas por dois agentes penitenciários e um policial militar para dentro da cadeia, onde eles informaram que elas participaram de um treinamento, uma simulação de busca pessoal.
“O policial entrou na sala do diretor, pegou uma faca. O agente ficou presenciando e o outro pegou o revólver. Um deles apagou a luz e fechou a porta, ficou me alisando, me beijando à força. Como eu não consegui escapar dele, eu disse que estava passando mal porque estava grávida. Só depois ele deixou a gente sair”, relatou a garota.
Ainda segundo a jovem, um dos agentes teria oferecido dinheiro para que ela não comentasse o caso, mas ela não teria aceitado.
O diretor da cadeia, Alberto Vilar, informou que os dois agentes admitiram que levaram as duas garotas à unidade, mas explicaram que tudo não passaria de uma 'brincadeira' e que eles não teriam intenção de praticar abusos sexuais. O caso foi comunicado ao Ministério Público pelo diretor.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, uma Comissão Disciplinar foi até Sumé na terça-feira (10) e tomou os primeiros depoimentos dos envolvidos.  Quanto ao policial militar apontado como envolvido no caso, a apuração de sua possível participação ficou a cargo da Polícia Militar.

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