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Em apenas 4 meses 44 muheres foram assassinadas na Paraíba um nº alarmante de vitimas

Em apenas quatro meses, 21 mulheres foram assassinadas na Paraíba. Esse número representa quase 50% do total de crimes que foram registrados ano passado quando 44 mulheres foram mortas. Os números são do Centro da Mulher 8 de Março. Um dado que chama atenção este ano é que 24 mulheres envolvidas com o tráfico de drogas sofreram algum tipo de agressão.
Ainda de acordo com o relatório divulgado pelo Centro da Mulher 8 de Março, nos primeiros quatro meses desse ano foram registrados 34 estupros sendo mulheres (19), adolescentes (10) e crianças 5 casos. Nessas mesmas categorias, 29 pessoas foram vítimas de tentativa de estupro ( 8 mulheres, 9 adolescentes e 12 crianças) e 40 sofreram algum tipo de agressão. Ano passado, além dos 44 assassinatos, foram registrados, 104 estupros sendo 23 mulheres, 45 adolescentes e 36 crianças, além de 26 tentativas e 75 agressões.
A coordenadora do Centro da Mulher 8 de Março, Irene Marinheiro Jerônimo explica que os números reflete, em parte, o alcance da imprensa em noticiar situações de violência contra a mulher. “Contudo, sabemos que na realidade esses números são bem maiores, pois grande parte dos casos não chega ao conhecimento da imprensa nem do Estado”, avaliou.
De acordo com ela, no geral, os crimes contra as mulheres continuam sendo fruto da estrutura patriarcal e machista da sociedade que mantém a opressão de gênero, justificando a violência doméstica e sexual e culpabilizando as vítimas. “Os agressores são os homens que mantém ou mantiveram algum tipo de relação afetivo-amorosa com as vítimas e que cometem violência não só contra a sua companheira, mas também a familiares dela, avaliou.
Irene Marinheiro afirmou que os crimes contra as mulheres são cruéis e denotam toda a carga conservadora e de opressão das mulheres na sociedade. Ela disse que a Lei Maria da Penha, que obriga a implantação por meio dos poderes, executivo e judiciário, de uma série de políticas e serviços, vem surtindo algum efeito na prevenção da violência contra a mulher e punição dos culpados. “Hoje há alguns serviços de atendimento a vítima de violência no estado, houve ampliação do número de delegacias especializadas de atendimento a mulher e a implantação da vara em Campina Grande”, destacou.
Mesmo assim, segundo ela, isso ainda não é suficiente, diante do tamanho do estado e da complexidade que é tratar esta situação.

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