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Psicológo acusado de matar acidentalmente a promotora foi a júri

Após 2 anos e 9 meses, o psicólogo Eduardo Henriques Paredes do Amaral - acusado de causar o acidente automobilístico que matou a defensora pública Fátima Lopes - vai a júri popular. O julgamento acontecerá nesta quarta-feira, às 9h, no 2º Tribunal do Júri, em João Pessoa. Ele foi indiciado por homicídio doloso, porque – no entendimento da polícia - assumiu o risco de matar. A expectativa do promotor Edjacir Luna é que o réu seja condenado a 30 anos de prisão em regime fechado.
“O inquérito elaborado pelo delegado Wagner Dorta foi bem embasado e cabe agora ao MP apresentar denúncia pelo crime de homicídio qualificado. Estamos confiantes que a condenação virá”, afirmou o promotor Edjacir Luna.
Para Anna Carla Lopes, filha da defensora pública, com esse julgamento a justiça será feita. “Acreditamos na Justiça dos homens. E queremos a condenação dele para que possa pagar por esse crime”, revelou. A família está convidando, através das redes sociais, a população para participar do julgamento. Participantes estarão vestidos com uma camiseta tendo a foto de Fátima Lopes e também da dona de casa Maria José dos Santos, atropelada e morta pelo psicólogo, em Mangabeira, em junho de 2010.
“O inquérito desta segunda morte causada por Eduardo Paredes já foi concluído e o caso está no 2º Tribunal do Juri, aguardando denúncia, que será feita ainda este ano, por mim. Temos provas do dolo eventual e ele será também julgado por este crime. Ele tinha consciência da sua incapacidade para impedir o homicídio e assumiu os riscos, assim como fez com Fátima Lopes”, explicou o promotor de justiça.
  Acusação pede pena máxima
  O advogado de acusação Arnaldo Escorel comentou que Eduardo Paredes responde pelo homicídio doloso de Fátima Lopes e pela tentativa de assassinato do esposo da vítima, Carlos Marinho de Vasconcelos Correia Lima. Para cada um desses crimes, a pena varia de seis a 20 anos, podendo a tentativa ser reduzida em um sexto ou dois terços. Se for a dois terços, a pena mínima chega oito anos e a máxima 33 anos. “Pedimos a pena máxima dele por esse caso”, ressaltou. Essa é a 1ª sessão do julgamento que pode terminar no dia seguinte.

A defesa

Já o advogado de Eduardo Paredes, Abraão Beltrão, comentou que é uma defesa como qualquer outra em que o réu fica apreensivo. “O que é uma situação normal”, disse, destacando que, no caso do atropelamento de Maria José dos Santos, ainda não há denúncia e ainda está em fase de inquérito.
Acidente na Epitácio Pessoa
  No dia 24 de janeiro de 2010, a caminhonete dirigida pelo psicólogo Eduardo Paredes avançou o sinal vermelho e colidiu com o carro da defensora pública Fátima Lopes. Ela ia à igreja com seu esposo, quando aconteceu o acidente no cruzamento das Avenidas Epitácio Pessoa e João Domingos. A suspeita era de que o psicólogo estaria embriagado e em alta velocidade. O marido de Fátima, Carlos Marinho, ficou gravemente ferido. O réu foi detido em flagrante, mas conseguiu habeas corpus. Segundo a polícia, meses depois de ter sido solto, Paredes atropelou e matou Maria José dos Santos, em avenida de Mangabeira.
 

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