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Cássio repele omissão do Governo Federal e pede que Dilma reconheça gravidade da seca que castiga o Nordeste

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) voltou ao Plenário nesta terça-feira (27) para pedir que a presidente Dilma Rousseff assine decreto reconhecendo a situação de emergência no Nordeste, em decorrência da seca que castiga a região há vários meses. O decreto, explicou o senador, facilitaria a logística para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pudesse ajudar os produtores rurais nordestinos, que estão perdendo gado, aves, porcos e plantações em função da longa estiagem.
Cássio também não poupou críticas às declarações da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, sobre o atraso e a paralisação das obras de transposição do rio São Francisco. Em entrevista ao Jornal Nacional na segunda-feira (26), a ministra teria dito, em tom irônico, que "aquele pessoal tem fé".
- 'Aquele pessoal' são brasileiros, padecendo de sede e fome, com nossa economia sendo destruída lenta e silenciosamente. O que assistimos é a omissão do governo federal em relação a uma tragédia sem precedentes na história recente do nordeste brasileiro - reclamou o senador, afirmando que, por não produzir imagens impactantes como as enchentes de outras regiões do país, a seca nordestina não é considerada tão grave, apesar de estar "dizimando" a produção agropecuária da região.
Cássio Cunha Lima explicou que a Conab entregou na Paraíba 23 mil toneladas de milho, duas mil por semana, para ajudar na alimentação dos animais. O volume, porém, foi insuficiente para atender às necessidades dos produtores. Há alguns dias, a bancada de parlamentares da Paraíba se reuniu com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e ficou sabendo que outras 50 mil toneladas estariam disponíveis para a região, mas a entrega esbarrava em um problema logístico: não haveria local para armazenamento do grão nem como distribuí-lo entre os produtores.

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