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Decano homenageia Bento 16 em missa que antecede conclave

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12.mar.2013 - Os 115 cardeais que vão eleger o novo papa participam da missa "Pro Pontífice eligendo", na basílica de São Pedro, no Vaticano, antes do início do conclave Michael Kappeler/EFE
O decano do colégio cardinalício, Angelo Sodano, homenageou o papa emérito Bento 16 durante a missa "Pro Pontífice Eligendo", realizada na basílica de São Pedro, no Vaticano, nesta terça-feira (12), antes do início do conclave que vai eleger o novo papa.

Escolha do novo papa

Sodano chamou de "luminoso" o pontificado do alemão Joseph Ratzinger, que renunciou ao cargo em 28 de fevereiro, em um gesto sem precedentes na história moderna da Igreja Católica.
"Queremos agradecer ao Pai que está nos Céus pela amorosa assistência que sempre reserva a sua Santa Igreja e em particular pelo luminoso pontificado que nos concedeu com a vida e as obras do 265º sucessor de Pedro, o amado e venerado pontífice Bento 16, ao qual neste momento renovamos toda a nossa gratidão", afirmou o cardeal.
O comentário recebeu o aplauso dos 115 cardeais que participaram da cerimônia religiosa. Na ocasião, o decano [cardeal mais velho] também pediu a Deus que dê "outro bom pastor à sua Santa Igreja".
Mas, além da homenagem a Bento 16, Sodano destacou os desafios do próximo papa, que deverá trabalhar pela justiça e paz mundiais com amor. "Meus irmãos, rezemos a fim de que o Senhor nos conceda um pontífice que realize com coração generoso tal nobre missão. É o que Lhe pedimos", ressaltou.
A missa em latim, com breves traduções para o italiano, o inglês e o espanhol, foi dividida em três partes: a mensagem do amor, a da unidade e a mensagem do papa. Porém, em todos os momentos foi evocada a oração para abençoar o sucessor do papa emérito Bento 16.
"Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, de caridade com o próximo, do que repartir o pão da palavra de Deus, fazê-lo participante da boa nova do Evangelho", disse dom Sodano, lembrando que essas eram palavras de Bento 16.

A escolha do novo pontífice será realizada por 115 cardeais --todos já estão no Vaticano, inclusive os cinco brasileiros que participarão da votação: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.
São aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença deles, segundo o Vaticano, é obrigatória. No entanto, dois eleitores não poderão comparecer e as justificativas foram aceitas pelo Colégio de Cardeais.
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28.fev.2013 - Papa Bento 16 acena a fiéis ao chegar na sacada da residência pontifícia de Castel Gandolfo, perto de Roma. O papa disse ser "apenas um peregrino", ao discursar da varanda da residência, local que será seu lar pelos próximos dois meses Leia mais Vincenzo Pinto/AFP
O cardeal indonésio Julius Darmaatjadja, arcebispo emérito de Jacarta, havia comunicado que não conseguiria tomar parte no conclave por motivo de saúde.
Já o cardeal Keith O'Brien, que renunciou ao cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ser acusado de "comportamento inadequado" nos anos 80, também manifestou que não irá participar da votação. Ele admitiu que sua "conduta sexual" não foi sempre a que se esperava dele.
Durante o conclave, todos os eleitores ficam confinados na Capela Sistina. Na hora da votação, cada cardeal escreve o nome do candidato escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo pontífice" e deposita seu voto em uma urna.
Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo cardeal camerlengo, Tarcisio Berto, e seus três assistentes. Será declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos. Com um Colégio de Cardeais de 115 eleitores, o próximo pontífice terá de receber ao menos 77 votos. (Com Agência Brasil e agências internacionais)

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