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Delegada Gleide Ângelo vira pivô de polêmica


 Após seis anos atuando no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Gleide Ângelo será transferida para a divisão de homicídios da Delegacia de Polícia do município de Olinda. A portaria que regulamenta a transferência foi publicada ontem no Boletim de Serviço da Secretaria de Defesa Social do estado.

Famosa por desvendar desaparecimentos, ela será remanejada para setor de homicídios em Olinda. Associação vai entrar na Justiça

Gleide ganhou notoriedade após elucidar diversos casos de repercussão como os assassinatos da turista alemã Jennifer Kloker, em fevereiro de 2010, e da estudante Alice Seabra, em junho deste ano.

De acordo com a Polícia Civil, a remoção faz parte de rodízio de rotina e também servirá para fortalecer o combate aos homicídios, que têm aumentado em Olinda. O órgão acrescentou que a delegada será promovida. Já a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe), anunciou que irá entrar com uma ação na Justiça para cancelar a medida.

O presidente da Adeppe, delegado Francisco Rodrigues, informou que vai aguardar a publicação da transferência no Diário Oficial para entrar com a ação. “Vamos avaliar quais as medidas judiciais cabíveis. Nenhum delegado pode ser removido para outro distrito, sem ser avisado previamente. Houve, no mínimo, um desrespeito”, concluiu. Segundo ele, Gleide soube da medida por amigos.

Segundo o chefe de Polícia Antônio Barros, as transferências vêm acontecendo desde o mês passado, na Região Metropolitana do Recife (RMR), Sertão e Agreste. “Não há problema algum com o trabalho da delegada. A transferência é uma medida administrativa. Estou confiando no seu trabalho. Ela apresentou um bom resultado e agora está recebendo uma missão ainda maior para combater os homicídios em Olinda”, disse.

O delegado Diogo Melo, do DHPP, passa a acumular a delegacia de desaparecidos que até então era chefiada por Gleide Ângelo, e o delegado Gilberto Loyo de Meira Lins Neto, que estava em Olinda, vai reforçar a equipe do Grupo de Operações Especiais. Procurada pelo Diario, Gleide preferiu não comentar sobre a decisão. Disse apenas que não havia sido comunicada oficialmente.

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