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Marcia Lucena consegue desbloquear contas para conter caos

Salários atrasados de servidores públicos, lixo acumulado em todas as ruas, carros depredados sem motor e sem pneus, prédios públicos abandonados, sumiço de computadores e outros equipamentos, creches com colchões podres infestados de larvas, secretaria sem telhado, aluguéis sem pagamento, água e energia cortados em vários setores, prefeitura sem prédio para funcionar, serviço odontológico sem atender à população por falta de equipamentos, postos do PSF fechados, recolhimento irregular de impostos foram algumas irregularidades administrativas identificadas pela prefeita Márcia Lucena, do Conde, ao assumir na segunda-feira. Nesta terça-feira, ela conseguiu desbloquear as contas da Prefeitura interditadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

As múltiplas irregularidades motivaram a decisão do TCE, que recebeu, inclusive, solicitação da própria prefeita antes da posse para que o bloqueio acontecesse. A professora Márcia temia que danos ainda maiores fossem causados pela gestão anterior ao patrimônio municipal. Recursos transferidos ao município estavam sob ameaça de desvios, não havia qualquer indicativo de que seriam aplicados, por exemplo, no pagamento de salários atrasados, o que seria correto. A primeira parcela da verba resultante da Lei de Repatriação não foi destinado a esse pagamento e não se sabe em que foi gasta.

“A situação é indescritível”, disse a prefeita durante entrevista na manhã desta terça-feira (3), informando que “não foi possível fazer a transição por total omissão da gestão anterior. Ela disse também que “imaginávamos que a situação fosse dramática, mas não nessa proporção absurda, em que a população enfrentou dias e dias sem médico por falta absoluta de compromisso com a saúde da população”.

A professora Márcia Lucena acrescentou que “é difícil imaginar que uma Prefeitura tenha rejeitado cumprir integralmente o programa Mais Médicos, mas foi isso o que a gestão anterior fez, simplesmente recusou a contratação pelo Ministério da Saúde dos seis médicos aos quais o Conde tem direito, optando apenas por três, o que significou um corte da metade dos atendimentos que deveriam acontecer em benefício da população”. Matéria Correio da Paraíba.

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