Macaco é resgatado após passar 20 anos vivendo com casal em João Pessoa
Um homem foi encaminhado na segunda-feira (20) para Central de
Polícia, no bairro do Geisel, em João Pessoa, por criar um macaco-prego
dentro de casa, no bairro de Mangabeira, na capital paraibana. Segundo
informações repassadas pela Polícia Militar Ambiental, o flagrante foi
feito durante uma operação de buscas para localizar motocicletas
roubadas. Segundo o criador do animal, ele cuidava do macaco há 20 anos.
Durante a operação, policiais identificaram o macaco-prego sendo
criado na casa e preso por uma coleira. Por se tratar de um animal
silvestre, o criador do animal foi autuado e encaminhado até a
delegacia. Milton Pereira, encaminhado pela polícia por criar o animal
silvestre sem autorização, explicou que salvou o macaco durante um
incêndio em uma área de mata.
“Ele era pequenininho, estava nas costas de um macaco maior, não sei
era o pai ou mãe. Quando começou o fogo, ele caiu. Eu entrei dentro da
fumaça, resgatei ele e nesse tempo todo em cuidei dele”, explicou o
homem autuado pelo crime ambiental.
Ainda de conforme Milton Pereira, o macaco chegou a se soltar várias
vezes, mas sempre retornava para casa ao ouvir os chamados do dono. “Eu
pensei em doar para a Bica [o Parque Zoobotânico Arruda Câmara em João
Pessoa], mas minha mulher é muito apegada a ele. E além disso, eu achava
que os macacos da Bica podiam judiar dele, por ser novato, não fazer
parte do bando”, comentou Milton, que confidenciou que sua esposa ficou
chorando após a Polícia Ambiental apreender o animal.
Conforme o comandante da Polícia Ambiental, major Cristovão Lucas,
Milton Pereira foi autuado por crime ambiental e multado em R$ 500. Após
prestar depoimento, o dono do macaco foi liberado e não precisou pagar
fiança. Ele deve responder ao processo em liberdade. O crime ambiental
de criar animal silvestre sem autorização prevê pena de seis meses a um
ano de prisão.
O macaco-prego foi encaminhado ao Centro de Triagem de Animais
Silvestres (Cetas) de Cabedelo, na Grande João Pessoa, onde vai passar
por exames e em seguida ser liberado na natureza. O macaco-prego são
muito comuns na América do Sul e podem viver até 40 anos.
G1 PB
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