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Meirelles afirma ao FMI que Brasil terá ‘recuperação equilibrada’



O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou neste sábado, em uma declaração entregue ao Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), na sigla em inglês, do Fundo Monentário Internacional (FMI), que a economia brasileira tem espaço para ter “recuperação equilibrada”. O ministro afirmou que emprego e renda aumentaram no país, sustentados pela forte queda da inflação.
“Enquanto os desafios fiscais persistem, a redução do endividamento das famílias e das empresas gera espaço para uma recuperação equilibrada”, afirma o documento, que reconhece os problemas nas contas públicas brasileiras.
O ministro ainda fez um ampla defesa das reformas. E embora tenha afirmado que todos os países precisam aproveitar o momento para fazer ajustes, Meirelles deu ênfase à situação do Brasil:
“A agenda das reformas estruturais fiscal é vasta”, escreveu Meirelles, que enumerou avanços como as mudanças no mercado de trabalho, o teto para os gastos públicos e a nova taxa de longo prazo para o BNDES, que será mais ancorada às taxas de mercado, sem os subsídios da TJLP.
Ele fez também uma defesa enfática da reforma da Previdência: “Crucial para refletir mudanças demográficas na sociedade brasileira e garantir a sustentabilidade da dívida pública”, escreveu, indicando que todas elas vão ampliar a produtividade da economia brasileira.
O ministro da Fazenda voltou a salientar que o Brasil possui sólidas reservas internacionais e taxa de juros flutuante e que, nos últimos meses, o risco-país se reduziu, refletindo a melhoria das contas brasileiras. Ele ainda comemorou a baixa inflação, atualmente na casa dos 3% anuais, lembrando que o mercado assim prevê mais cortes de juros e um retorno gradual da taxa para o centro da meta do governo.
O documento, que Meirelles assina em nome também de Cabo Verde, República Dominicana, Equador, Guiana, Haiti, Nicarágua, Panamá, Suriname, Timor-Leste e Trinidad e Tobago, comemora as melhorias nas previsões globais, feitas nesta semana pelo FMI, que agora espera que a economia global cresça 3,6% neste ano e 3,7%, em 2018, com menor risco à estabilidade financeira mundial
“Para muitos países, particularmente mercados emergentes, esta situação mais favorável oferece uma oportunidade para reconstruir amortecedores e abrir espaço de políticas para uma reversão das condições financeiras”, concluiu o ministro.

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