Ponto fora na Liberta não mascara péssima fase do Flamengo
A
situação na Libertadores não é confortável, mas uma combinação de
resultados pode assegurar ao Flamengo a classificação antecipada já na
próxima rodada, contra o Emelec. No entanto, mais do que o ponto
conquistado ou o gol de Geuvânio anulado no fim, o Rubro-Negro precisa
avaliar o péssimo momento. Coletivamente o time é um bando.
Individualmente, poucos se salvam.
O
empate por 0 a 0 com o Santa Fe expôs, mais uma vez, os problemas. E
não são poucos. O Flamengo é lento na transição para o ataque, pouco
agressivo, insiste em chuveirinhos, praticamente não chuta a gol. A
defesa – boa tecnicamente – é lenta, embora não tenha comprometido em
Bogotá.
Time bagunçado e estagnado
Em
raros momentos o Flamengo apresentou um bom futebol em 2018. O time já
vinha capengando com Carpegiani, demitido há quase um mês. Nas mãos de
Barbieri, no entanto, não apresentou evolução. Em certos pontos,
inclusive, regrediu.
Jogado
aos leões em meio a um turbilhão de problemas e com uma pressão que, em
ano eleitoral, extrapola o futebol, Barbieri, aos 36 anos, ainda não
conseguiu dar uma nova cara ao time. Não há organização, a equipe erra
passes em excesso e praticamente não cria chances de gols, especialmente
em jogadas trabalhadas.
As
substituições raramente surtem efeito. Em todos os jogos, a única que
melhorou o time foi a entrada de Arão no lugar de Dourado, no empate
contra o Vitória, quando o Rubro-Negro tinha um jogador a menos.
Com
a saída de Everton para o São Paulo, o Flamengo perdeu o fator Vinicius
Junior no segundo tempo. Agora titular, ele oscila bons e maus
momentos, mas o elenco não tem mais ninguém para incendiar o jogo. Com
Barbieri, o jovem foi substituído em todas as partidas.
E
o que falar sobre Éverton Ribeiro? De titular, a contratação mais cara
da história do Flamengo perdeu espaço no elenco. Em Bogotá, sequer
entrou no jogo. A sensação é que o treinador demora a mexer e não há
convicção.
Individualmente time vai de mal a pior
Barbieri
está longe de ser o único culpado. Alguns jogadores vivem péssimos
momentos individuais. O caso de Diego chama a atenção. Principal jogador
do elenco, ele passa pelo pior momento desde que chegou ao Flamengo, há
dois anos. É verdade que o camisa 10 não se omite, busca o jogo, mas
errou quase tudo o que tentou contra o Santa Fe. Assim como William
Arão, principal alvo da torcida.
Internamente,
o clube tenta diagnosticar o problema. É consenso que falta confiança
aos jogadores. A pressão da torcida é grande, e muitos estão reagindo
mal. A solução? Vencer e convencer. Coisa que o Flamengo não faz há
muito tempo.
Globo Esporte
Nenhum comentário
Deixe aqui o seu comentário!