Alerta: Prédios abandonados em J.Pessoa correm risco de desabamento
Os edifícios com mais de cinco anos de construção em João Pessoa,
muitos deles em estado de abandono, precisam urgente de inspeção dos
órgãos públicos, seguidos de manutenção, para evitar possíveis
tragédias. O alerta foi feito por Noé Estrela, secretário de Defesa
Civil da capital, informando que esses prédios carecem de melhorias em
sua estrutura física, elétrica e hidráulica.
“Isto é necessário para se evitar que ocorram tragédias, a exemplo do
que aconteceu com o incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de
Almeida, em São Paulo, na madrugada da última terça-feira”, afirmou. Noé
Estrela garantiu que há mais de dois meses, antes mesmo da tragédia em
São Paulo, foram feitas inspeções da Defesa Civil em vários prédios
públicos e particulares, abandonados e ocupados por famílias de sem
teto, na capital.
“Na maioria dos casos tivemos que desocupar esses imóveis. Numa ação
conjunta com o Ministério Público Federal, estivemos no Altiplano Cabo
Branco vistoriando um hotel abandonado. Em Cruz das Armas retiramos
todas as famílias que estavam num prédio onde já foi sede da Polícia
Federal e que pertence ao Dnit. Na Avenida Trincheiras, desocupamos um
prédio onde já funcionou uma Delegacia de Polícia. Enfim, todos esses
locais, abandonados, estavam com suas estruturas físicas comprometidas,
trazendo risco à vida das pessoas”, disse.
Assim como a Defesa Civil demonstra preocupação com a estrutura
física, elétrica e hidráulica dos prédios, o Conselho de Arquitetura e
Urbanismo da Paraíba (CAU/PB) também alerta para o perigo das
edificações abandonadas que apresentam risco de desabamento, numerando
em cerca de 80 imóveis nesta situação.
Um dos prédios que oferece grande risco é o do antigo Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS), localizado no Ponto de Cem Réis,
no Centro. Pertencente à União, o prédio ficou abandonado por alguns
anos e atualmente é ocupado por comerciantes. Além das más condições
estruturais, devido à falta de manutenção, a edificação está com a
fiação elétrica comprometida e apresenta infiltrações e fissuras que
oferecem risco para os comerciantes e para os pedestres.
“No caso do antigo INSS, já tiramos as pessoas de lá por duas vezes
consecutivas. Existem no local hoje apenas comerciantes, na parte de
baixo do prédio e uma família de comerciante em um dos andares, mesmo
assim, estamos em atenção total no local”, garantiu. Em situação
semelhante também estão várias edificações localizadas no Centro, a
exemplo do Edifício Régis, do antigo prédio do Instituto de Pensões e
Assistência dos Servidores do Estado (Ipase), bem como casarões e outros
prédios públicos.
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