Sandra Marrocos apresenta Voto de Repúdio contra juiz por liberar "Cura gay"
A vereadora Sandra Marrocos (PSB) apresentou
nesta terça-feira (19), na Câmara Municipal de João Pessoa, um Voto de
Repúdio a decisão do juiz federal da 14ª Vara do Distrito Federal,
Waldemar Cláudio de Carvalho, que concedeu liminar para que psicólogos
ofereçam terapia de reversão sexual, a fim de que possam tratar a
homossexualidade de pacientes, promovendo a "cura gay".
Sandra solicitou de seus pares a aprovação do Voto de Repúdio à
ação do jurista. O pedido foi lido em plenário e será apreciado nesta
quarta-feira (20). A decisão do juiz atendeu a um pedido da psicóloga
Rozangela Alves Justino, em processo aberto contra o colegiado do
Conselho Federal de Psicologia (CFP), que aplicou uma censura à
profissional por oferecer a terapia aos seus pacientes.
Na tribuna, na sessão ordinária desta terça-feira (19), Sandra
Marrocos citou que tratar para "curar" a homossexualidade é algo
proibido pelo CFP desde 1999.
“Após 30 anos que o CFP disse que ser homoafetivo não é sinônimo de
doença, observamos uma barbaridade. Amar não é doença, mas o
preconceito sim. Quem é, no seu ciclo de convivência, ou familiar, que
não tem alguém homoafetivo? Imagine isso na cabeça de quem não tem
maturidade para entender o que é orientação sexual, ou questões de
gênero, como crianças? Os doentes são os preconceituosos que conservam o
ódio por esses posicionamentos”, alegou Sandra Marrocos.
Segundo a vereadora, psicólogos, em sua maioria, não querem tratar o
que não é doença. “O amor é pra ser todos os dias cultivado e
compartilhado, assim conservaremos uma cultura de paz, de respeito ao
diferente. Aguentamos diariamente a misoginia, conflitos por quem quer
desqualificar nossa espiritualidade, entre outras questões que advém das
atitudes de gente hipócrita. Reafirmo, em termos de garantia de
direito, só deveríamos dar passos à frente, para um mundo mais justo e
bonito. Vamos dialogar com o futuro. Não permitirei nenhum retrocesso”,
frisou a parlamentar, solicitando a aprovação, pela Câmara, de um Voto
de Repúdio ao juiz Waldemar de Carvalho.
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