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Mércia discutiu, levou tiro, desmaiou e morreu afogada, diz perito do DHPP



Segundo o perito Renato Pattoli, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, apesar de Mércia Nakashima ter sido baleada dentro do seu carro, o mais provável é que ela tenha morrido afogada. O corpo da advogada foi achado em 11 de junho numa represa em Nazaré Paulsita, no interior de São Paulo. A vítima estava desaparecida desde 23 de maio, quando saiu da casa dos avós em Guarulhos, na Grande SP.

De acordo com Pattoli, somente o laudo do IML (Instituto Médico Legal) poderá determinar a causa da morte da vítima. O resultado deste exame é aguardado para esta semana. “A minha opinião é de que ela morreu afogada, mas só o IML tem condições de confirmar isso ou não”, disse o perito.

O principal suspeito pelo crime é o ex-namorado de Mércia, o advogado e policial militar Mizael Bispo de Souza, de 40 anos. Para a polícia, mais duas pessoas estariam envolvidas no assassinato: o irmão de Souza e o vigilante Evandro Bezerra Silva, de 38 anos, que teve a prisão decretada por faltar a um depoimento. Foragido, Silva é procurado. Já os irmãos Souza negam o crime, segundo o advogado deles, Samir Haddad Júnior.

Segundo o perito, existem 99,9% de chances de Mércia ter sido baleada dentro do seu carro. Ela estaria dirigindo e o criminoso, no banco do carona. Ainda, segundo a análise preliminar do especialista, o disparo feito pelo agressor tinha o objetivo de matar a vítima, mas a acertou de raspão porque ela teria tentado se defender. Em seguida, a mulher pode ter desmaiado e se afogado na represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A vítima não sabia nadar, segundo familiares. O corpo dela foi achado em 11 de junho, 19 dias após ter desaparecido da casa dos avós em Guarulhos, na Grande SP.

A breve descrição acima, feita por Pattoli, deverá estar no relato oficial que vai traçar a dinâmica do homicídio e fará parte do inquérito da Polícia Civil que apura o assassinato de Mércia.

De acordo com o perito, o tiro que atingiu Mércia tirou quase três centímetros de osso do seu queixo. Segundo a perícia do DHPP, a bala que atingiu Mércia pode ter partido de uma arma de calibre 38. O projétil será comparado com duas armas [calibres 38 e 380] apreendidas na casa do ex-namorado da vítima para saber se o tiro foi dado por uma delas. Um pescador, que é considerado a principal testemunha do crime, afirmou à polícia ter visto um carro entrar na represa de Nazaré Paulista em 23 de maio, um domingo, mesmo dia em que Mércia deixou a casa da avó na Grande SP. Ele contou ainda ter visto um homem alto sair do lado do motorista e disse que escutou gritos de mulher. Em seguida, relatou que viu o carro afundar com as lanternas acesas. O veículo foi localizado em 10 de junho e o corpo de Mércia retirado no dia seguinte. O pescador não contou ter escutado disparo de arma. Indagado sobre isso, o perito Pattoli respondeu que todas essas dúvidas serão respondidas com a reconstituição que será feita no local do crime, em julho.

Da redação a jornalista Ana Maria Gomes.

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