Últimas notícias

Escola na Paraíba é invadida por atirador que fere 3 alunos

Adolescente entra atirando em escola pública na Paraíba, diz polícia (Foto: Walter Paparazzo/G1 PB)
Um rapaz invadiu a escola estadual Enéas Carvalho no Centro de Santa Rita, na Grande João Pessoa, e atirou contra os alunos por volta das 13h30 desta quarta-feira (11), de acordo com informações do Centro Integrado de Operações da Polícia Militar (Ciop) da Paraíba. Ainda segundo a polícia, três alunos foram baleados e levados para hospitais. Após o tiroteio, todos os alunos foram liberados.
Segundo a cabo Zenilda Torres, do 10º Batalhão da PM, a polícia está fazendo buscas por suspeitos. Até as 15h55 equipes das polícias civil e militar estavam no local, mas ninguém havia sido preso, uma vez que o atirador ainda não foi identificado.
Segundo o vice-diretor da escola Júnior Cavalcante, dois rapazes chegaram à escola fardados e um deles atirou contra os alunos. O rapaz que acompanhava o atirador foi reconhecido pelo vice-diretor como sendo um aluno da escola.
Polícia está no local fazendo a perícia e as buscas por suspeitos continua (Foto: Walter Paparazzo/G1 PB)Polícia no local fazendo perícia e as buscas por
suspeitos continuam
Cavalcante ainda explicou que o fácil acesso de estranhos tem acontecido na escola por causa de uma reforma no local. O ataque aconteceu no momento em que os alunos estariam entrando para a primeira aula, por volta das 13h30.
Feridos
Um estudante de 15 anos deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma e outras duas alunas foram encaminhadas ao Hospital e Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho, em Santa Rita, onde receberam os primeiros atendimentos e depois foram encaminhadas para o Trauma de João Pessoa.
Um dos adolescentes que foi baleado em uma escola estadual em Santa Rita, na tarde de quarta-feira (11), recebeu alta médica do hospital durante a noite e já está em casa. Segundo a Polícia Militar, o rapaz de 15 anos era o alvo do atirador, pois os dois teriam se envolvido em uma briga uma dia antes do atentado. De acordo com a mãe dele, o crime foi provocado por ciúmes. Além dele, outras duas garotas saíram feridas.

“Meu filho era o alvo. Foi por causa de ciúme. Ninguém pode mais nem namorar”, disse a mãe, que preferiu não se identificar à reportagem do G1. Ela explicou que estava morando em outro estado e que a escola, localizada no Centro de Santa Rita, foi o primeiro lugar em que o filho estudou depois que voltaram à Paraíba. “Meu filho não estuda mais lá de jeito nenhum”, declarou na porta do hospital.
O garoto foi levado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e, após passar por exames, recebeu alta por volta das 20h de quarta. Outras duas alunas foram encaminhadas ao Hospital e Maternidade Flávio Ribeiro Coutinho, em Santa Rita, onde receberam os primeiros atendimentos. Uma delas teve ferimentos superficiais no pé e foi liberada. A outra de 17 anos, baleada no braço, foi posteriormente levada ao Trauma e, de acordo com a assessoria da unidade, passou por cirurgia e segue internada apresentando quadro de saúde estável.

A polícia informou que até a manhã desta quinta-feira (12) nenhum suspeito havia sido detido. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança, o delegado Luís Cotrim, que está investigando o caso, agendou com testemunhas para ouvi-las nesta quinta-feira a partir das 8h. Ainda na quarta ele esteve no hospital de Trauma para ouvir as vítimas.

Segundo a Polícia Militar, as duas outras vítimas foram atingidas porque estavam próximas ao ocorrido. “Minha filha não viu nada e nem sabia de nada. Do jeito que foi, ia pegar em qualquer um. Ela estava apoiada em um muro com as amigas, quando escutou o barulho. Até achavam que eram fogos”, afirmou a mãe de uma das garotas, que também preferiu não se identificar.
Colégio sofre problemas de violência
A diretora Maria Lúcia Cabral declarou que o colégio vem sofrendo com problemas de violência desde maio de 2011, quando uma reforma começou em uma área do local. Com isso, um portão está sempre aberto para a entrada de materiais de construção, fazendo com que pessoas que não deveriam ter acesso ao lugar, consigam entrar e sair sem dificuldades e sem identificação.
“Nunca tínhamos enfrentado esse tipo de problema, e então veio essa obra. Já faz quase um ano que pessoas entram e saem por esse portão sem nenhum tipo de identificação. Pessoas entram armadas ou com drogas e não podemos fazer nada, está fora do nosso alcance”, disse a diretora.

“No ano passado, tivemos um acontecimento parecido. Um aluno ficou com raiva da espera na fila da merenda escolar, foi em casa buscar uma arma, entrou pelo portão da reforma e deu um tiro para cima, apenas para assustar”, lembrou. Ela comentou também, que após esse primeiro episódio foi feito um pedido ao conselho titular para que houvesse revista na entrada dos estudantes, porém foi informada que não poderia ser feito, pois se tratava de menores de idade, impossibilitando a revista.

Nenhum comentário

Deixe aqui o seu comentário!