MPF volta a pedir prisão do ex-presidente Michel Temer
O Ministério Público Federal em Brasília pediu novamente a prisão do ex-presidente Michel Temer e do coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, o coronel Lima.
Apresentado na última segunda-feira (6) e divulgado nesta terça (7), o pedido foi incluído no inquérito que apura se houve irregularidades em um decreto sobre o setor portuário, o chamado decreto dos portos.
No mês passado, o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal, já havia rejeitado o pedido de prisão.
Agora, o recurso do MPF será analisado pelo Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília.
O pedido de prisão
Conforme
os procuradores que integram a Força-Tarefa da Operação Greenfield, que
apura fraudes em fundos de pensão e em estatais, as prisões de Temer e
do coronel Lima são fundamentais para "resguardar a integridade das
investigações".
Na última sexta-feira (3), Temer virou réu por organização criminosa e por obstrução de Justiça. O ex-presidente já é réu no caso dos portos.
O
inquérito dos portos foi aberto em 2017, a partir de delações premiadas
de executivos da empresa J&F. Para o Ministério Público Federal, o
ex-presidente cometeu os crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e
lavagem de dinheiro ao editar o Decreto 9.048/2017, que tratava do setor
portuário.
Os
procuradores argumentam que Temer recebeu vantagem indevida de Ricardo
Mesquita e Antônio Grecco, da Rodrimar, em troca da edição do decreto
que beneficiaria a empresa.
Quando
a denúncia foi apresentada pela PGR, Temer afirmou em nota que provará,
nos autos judiciais, que "não houve nenhuma irregularidade no decreto
dos portos, nem benefício ilícito a nenhuma empresa".
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