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Paraíba não tem vacina contra a Gripe A em clínicas particulares


Está faltando vacina contra a influenza A (H1N1) em clínicas particulares do país por causa da grande procura e da oferta restrita. Enquanto nos grande centros um primeiro lote já foi distribuído e acabou, na Paraíba, as clínicas sequer receberam as primeiras doses. Com poucas alternativas, a parcela da população que não está incluída na Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus enfrenta dificuldades para encontrar a vacina fora da rede pública.
“As clínicas receberam uma quantidade muita pequena de vacinas. A procura foi grande e, logicamente, acabou”, admitiu Renato Kfouri, diretor da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm), entidade que representa as clínicas particulares. Kfouri explicou que apenas um laboratório está vendendo parte da produção para os estabelecimentos privados, numa quantidade insuficiente para atender a demanda.
Em João Pessoa, assim como nas demais clínicas da Paraíba que oferecem o serviço de imunização, reclamam porque nunca receberam as vacinas, apesar de muita gente procurar. Para Kfouri, o pequeno número de laboratórios autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vender as vacinas agrava o problema. Ele disse o governo deveria facilitar a entrada de novos laboratório nesse mercado.
Já em São Paulo, por exemplo, a clínica Marano Medicina Preventina não está fazendo a imunização porque as doses já acabaram. Segundo a atendente René da Silva, a procura pela vacina contra a influenza A (H1N1) é grande, mas a clínica ainda aguarda a chegada de novas doses. Já a Imunocamp, de Campinas, recebeu as vacinas, mas elas acabaram rapidamente. “Começamos a vacinar e em três dias, esgotamos nosso estoque”, afirmou a enfermeira Alessandra Martins.
A Anvisa, entretanto, afirmou que dois laboratórios, Safonipastuer e Solvay, já estão autorizados a vender a vacina para clínicas particulares. De acordo com a agência, a decisão de não repassar mais doses para as clínicas faz parte de uma estratégia comercial das próprias empresas, da qual a Anvisa não pode intervir.
Por meio da assessoria de imprensa, a agência reguladora informou ainda que a falta de vacinas em clínicas particulares não é motivo de preocupação. Pessoas incluídas nos grupos de maior risco podem ser vacinadas gratuitamente na rede pública de saúde.
A campanha contra a influenza A (H1N1) – gripe suína vai até 21 de maio. Gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos de idade, doentes crônicos, pessoas com idade entre 20 e 39 anos e maiores de 60 anos, além de indígenas, devem ser vacinados conforme calendário elaborado pelo Ministério da Saúde. A meta é vacinar 91 milhões de pessoas
DA REDAÇÃO WGNER ASSUNÇÃO

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