Decano homenageia Bento 16 em missa que antecede conclave
Escolha do novo papa
"Queremos agradecer ao Pai que está nos Céus pela amorosa assistência que sempre reserva a sua Santa Igreja e em particular pelo luminoso pontificado que nos concedeu com a vida e as obras do 265º sucessor de Pedro, o amado e venerado pontífice Bento 16, ao qual neste momento renovamos toda a nossa gratidão", afirmou o cardeal.
O comentário recebeu o aplauso dos 115 cardeais que participaram da cerimônia religiosa. Na ocasião, o decano [cardeal mais velho] também pediu a Deus que dê "outro bom pastor à sua Santa Igreja".
Mas, além da homenagem a Bento 16, Sodano destacou os desafios do próximo papa, que deverá trabalhar pela justiça e paz mundiais com amor. "Meus irmãos, rezemos a fim de que o Senhor nos conceda um pontífice que realize com coração generoso tal nobre missão. É o que Lhe pedimos", ressaltou.
A missa em latim, com breves traduções para o italiano, o inglês e o espanhol, foi dividida em três partes: a mensagem do amor, a da unidade e a mensagem do papa. Porém, em todos os momentos foi evocada a oração para abençoar o sucessor do papa emérito Bento 16.
"Não há ação mais benéfica e, por conseguinte, de caridade com o próximo, do que repartir o pão da palavra de Deus, fazê-lo participante da boa nova do Evangelho", disse dom Sodano, lembrando que essas eram palavras de Bento 16.
A escolha do novo pontífice será realizada por 115 cardeais --todos já estão no Vaticano, inclusive os cinco brasileiros que participarão da votação: dom Raymundo Damasceno Assis, 76; dom Odilo Scherer, 63; dom Geraldo Majella Agnelo, 79; dom Cláudio Hummes, 78; e dom João Braz de Aviz, 64.
São aptos a votar apenas os cardeais com menos de 80 anos. A presença deles, segundo o Vaticano, é obrigatória. No entanto, dois eleitores não poderão comparecer e as justificativas foram aceitas pelo Colégio de Cardeais.
Já o cardeal Keith O'Brien, que renunciou ao cargo de arcebispo de St. Andrews e Edimburgo após ser acusado de "comportamento inadequado" nos anos 80, também manifestou que não irá participar da votação. Ele admitiu que sua "conduta sexual" não foi sempre a que se esperava dele.
Durante o conclave, todos os eleitores ficam confinados na Capela Sistina. Na hora da votação, cada cardeal escreve o nome do candidato escolhido em uma cédula sob a frase "Escolho como sumo pontífice" e deposita seu voto em uma urna.
Os nomes escritos nas cédulas são lidos em voz alta pelo cardeal camerlengo, Tarcisio Berto, e seus três assistentes. Será declarado papa aquele que obtiver dois terços mais um dos votos. Com um Colégio de Cardeais de 115 eleitores, o próximo pontífice terá de receber ao menos 77 votos. (Com Agência Brasil e agências internacionais)
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