Filho de prefeito chefiava esquema criminoso que desviou mais de R$ 1 mi, diz MPPB
Uma organização criminosa suspeita de desviar mais de R$ 1 milhão dos
cofres públicos foi desarticulada, na manhã desta quinta-feira (12), em
operação deflagrada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB). O filho
do atual prefeito de Gado Bravo (Agreste do estado, a 191 km de João
Pessoa) comandava a quadrilha. Outros parentes do gestor também estariam
envolvidos no esquema.
Desde
o início da manhã, são cumpridos sete mandados de busca e apreensão em
propriedades da família do prefeito, além de três mandados de prisões
temporárias e três mandados de conduções coercitivas. Cerca de 70
profissionais, entre promotores, policiais e bombeiros, dão cumprimento
às ordens judiciais, que foram obtidas junto ao Juízo de Direito da
Comarca de Aroeiras.
Segundo as investigações, o líder da
quadrilha, que além de filho do prefeito é secretário de Finanças do
município de Gado Bravo, teria assumido a pasta com o objetivo de
desviar recursos públicos através de fraudulentos processos
licitatórios, falsificação de documentos públicos e particulares, entre
outras condutas ilícitas.
A fraude consistia na utilização
indevida de dados de diversas pessoas físicas que figuravam em empenhos
como credores de valores despendidos pelo município de Gado Bravo, mas
relativos a serviços que jamais foram executados, bem como a confecção
de empenhos e pagamentos em valores superiores aos serviços realizados,
com nítido desvio de recursos públicos, beneficiando ilicitamente
familiares do prefeito, em prejuízo de toda uma coletividade ávida,
carente de serviços básicos de saúde e educação.
Ainda de acordo
com MPPB, o esquema criminoso foi percebido após cruzamento de
informações junto ao Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da
Sociedade (Sagres), mantido pelo Tribunal de Contas do Estado da
Paraíba (TCE-PB). Foram identificados desvios em várias secretarias,
destacando-se a das Finanças. No período investigado, foi constatado
desvio superior a R$ 357,8 mil e que um parente do prefeito teria
recebido R$ 160 mil do montante retirado de forma irregular dos cofres
públicos.
Denominada ‘Salinas’, por ser esse o nome do sítio onde
o esquema criminoso era administrado, a operação é comandada pelo MPPB,
por meio da Promotoria de Justiça Cumulativa de Aroeiras e do Grupo de
Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), e tem apoio do
Batalhão de Operações Especiais da Policia Militar (Bope) e equipes do
Resgate do Batalhão do Corpo de Bombeiros.
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