OAB-PB defende fim do auxílio-moradia e privilégios para Judiciário e MP
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil,
Seccional Paraíba (OAB-PB), Paulo Maia, divulgou artigo, nesta
segunda-feira (5), no qual defende o fim do auxílio-moradia para juízes e
o fim de privilégios e mordomias do Judiciário e Ministério Público.
"No caso específico do auxílio-moradia destinado ao servidor que
tem imóvel próprio ou a um casal de servidores que habita a mesma
residência, esta benesse, ainda que assim fosse estendida por lei, se
revela eticamente abusiva e violadora da moralidade. Os privilégios e
mordomias do Judiciário, Ministério Público e dos demais poderes não
encontram sustento na nossa atual quadra histórica", diz trecho do
artigo.
Aqui na nossa Paraíba, cerca de 90% dos
advogados e advogadas percebem de honorários menos do que o valor do
auxílio-moradia. A renda per capita nacional é de R$ 1.240,00. Defender
o recebimento do auxílio moradia, alegando ser legal ou compensação por
ausência de reajuste salarial, como fizeram os juízes Sérgio Moro e
Marcelo Bretas, é algo injustificável, sobretudo nas situações imorais
acima indicadas.
Este comportamento aliás se mostra insaciável, pois se estende à
reforma da previdência, quando se pretende manter quadro similar de
regalias, distinguindo aqueles servidores dos demais mortais. Essa
disfunção institucional não faz bem à democracia e para a vida em
sociedade.
O clamor das ruas hoje, com fundamento, diga-se, não é apenas de
"abaixo a corrupção". Ele também se faz presente no "abaixo ao
auxílio-moradia". O título acima é mais do que um manifesto. Visa ao
estabelecimento de um estado sem privilégios, fundado sob o princípio da
moralidade.
*Presidente da OAB-PB
Nenhum comentário
Deixe aqui o seu comentário!