Campanha de conscientização para o combate do caramujo africano em Conde
Com o objetivo de combater e conscientizar à população em relação à aparição do Caracol Gigante Africano (Achatina fulica),
a Vigilância Sanitária iniciou na segunda-feira (16), uma série de
ações e atividades informativas nas casas e escolas da comunidade
Pousada de Conde, com o objetivo de orientar as pessoas sobre como
proceder desde a coleta até o descarte final dos moluscos. As visitas
acontecem nos turnos da manhã e tarde até o final do mês de julho.
Dayanne Christine, chefe
do Departamento de Vigilância e Saúde de Conde, destaca que o objetivo
principal da ação é educar as pessoas no combate ao molusco, que tem um
maior índice de proliferação no período chuvoso. “O Caramujo Africano é
uma espécie invasora, por isso é muito importante este tipo de
orientação para a população, pois eles aprendem como proceder de maneira
correta para que o molusco não se manifeste e não se torne uma praga
dentro das residências”, destacou.
A campanha também está
visitando as escolas da região. Segundo Dayane, os Agentes Comunitários
de Endemias (ACE) estão com várias visitas programadas na Escola
Municipal Manoel Paulino, onde vão explicar aos alunos, professores e
profissionais da educação, a importância da realização da ação nas
escolas. “É importante conscientizar os estudantes sobre como agir
diante deste problema. Os agentes entregarão panfletos com as
explicações necessárias sobre como os moluscos se reproduzem, se abrigam
e o que deve ser feito ao encontrar uma espécie”, disse.
A forma mais indicada
para combater o Caramujo Africano é através da catação, que deve ser
feita com as mãos isoladas por luvas ou sacos plásticos e depois de
catados, os caracóis devem ser mergulhados em um balde cheio com uma
mistura de água e sabão.
Caracol Africano –
O Achatina fulica é um molusco vindo da África. Ele também é chamado de
acatina, caracol africano, caracol gigante, caracol africano, caramujo
gigante, caramujo gigante africano ou rainha da África. O animal chegou
ao Brasil de forma ilegal na década de 1980 com o intuito de substituir o
escargot. Levado a outras regiões do Brasil, a espécie não foi bem
aceita pelos consumidores e proibida pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e Recursos Naturais), o que acabou fazendo que os donos
de criadouros liberassem os caramujos na natureza, sem que as devidas
providências fossem tomadas. O Caramujo Africano tem uma forma muito
rápida de reprodução e é hospedeira de várias espécies de vermes,
capazes de provocar no ser humano, diversas doenças, como a meningite,
doença que inflama as meninges – membranas que envolvem o cérebro – e
podem levar o paciente à morte.
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