Profissionais da Saúde em Conde participam de capacitação para diagnóstico e prevenção da Sífilis
Os profissionais da saúde
do município de Conde estão participando da Oficina de Capacitação para
Enfrentamento da Sífilis na Atenção Básica. A capacitação, realizada
pela Prefeitura de Conde, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, em
parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, tem como objetivo,
fortalecer as ações nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento da
doença. O curso iniciou na quarta-feira (11/07) e encerra nesta
quinta-feira (12/07).
Durante a oficina, a
Chefe de Atenção Básica do município, Alana Franco, destaca a
importância das capacitações destinadas aos profissionais das Unidades
Básicas de Saúde de Conde. “É necessário tornar a atenção básica a mais
resolutiva possível, tratando os problemas de saúde da população, sem a
necessidade de encaminhar para outros serviços da rede de saúde.
Capacitar estes profissionais para o diagnóstico e tratamento da
sífilis, significa agilizar o início do tratamento e potencializar a
cura”, ressaltou.
A Secretária Adjunta de
Saúde, Jória Viana, disse que “as ações acontecem para que os
profissionais e gestores da saúde estejam sempre aptos a participarem de
campanhas de esclarecimento à população, sobre a importância da
prevenção, dos diagnósticos e do tratamento de diversas patologias.
Vivemos uma situação, onde cada vez mais jovens são infectados pelas
ISTs como a sífilis, é preciso que as famílias conversem sobres estas
infecções, pois em muitas situações, eles veem a abordagem de forma
equivocada nas redes sociais, por isso é importante que todos os setores
da saúde, estejam aptos a esclarecer, quer seja as famílias, ou aos
profissionais de forma ampla”, destacou.
A oficina foi ministrada
pela Coordenadora do Núcleo de IST/AIDS da Secretaria de Estado da
Saúde, Joana Angélica Araújo, a Coordenadora do Departamento de
Vigilância em Saúde do município de Mamanguape, Gianeide da Silva
Camargo e o Médico Obstetra do Hospital Universitário de João Pessoa e
Coordenador do Programa de Acompanhamento de gestantes com IST/AIDS,
Otávio Pinho. Ao final da capacitação, foi lançado o Protocolo Municipal
para o tratamento de Sífilis na Atenção Básica do município de Conde.
A Sífilis
É uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum.
Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios
(sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios
primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é
maior. Os maiores sintomas da sífilis ocorrem nas duas primeiras fases,
período em que é mais contagiosa. Ela se inicia com feridas nos genitais
e outras áreas do corpo como boca e ânus, que podem desaparecer
espontaneamente, dando a falsa impressão de cura.
Formas de transmissão
A sífilis pode ser
transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada,
ou para a criança durante a gestação ou parto.
Diagnóstico
O teste rápido (TR) de
sífilis está disponível nos serviços de saúde do SUS, sendo prático e de
fácil execução, com leitura do resultado em, no máximo, 30 minutos, sem
a necessidade de estrutura laboratorial. O TR de sífilis é distribuído
pelo Departamento das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais/Secretaria
de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS), como parte
da estratégia para ampliar a cobertura diagnóstica.
Nos casos de TR positivos
(reagentes), uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada
para realização de um teste laboratorial (não treponêmico) para
confirmação do diagnóstico.
Em caso de gestante,
devido ao risco de transmissão ao feto, o tratamento deve ser iniciado
com apenas um teste positivo (reagente), sem precisar aguardar o
resultado do segundo teste.
Tratamento
O tratamento de escolha é
a penicilina benzatina, que poderá ser aplicada na unidade básica de
saúde mais próxima de sua residência.
Prevenção
O uso correto e regular
da camisinha feminina ou masculina é uma medida importante de prevenção
da sífilis. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o
pré-natal de qualidade contribui para o controle da sífilis congênita.
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