ARMAÇÃO NO CONDE: VEREADOR MALBA MANIPULA CRIANÇAS PARA QUE PERGUNTEM SOBRE IDEOLOGIA DE GÊNERO NAS ESCOLAS
O vereador Malba de Jacumã manipulou crianças estudantes da
rede municipal de ensino do município de Conde para que perguntassem a
professores e professoras durante as aulas o que é ideologia de gênero. As
crianças são filhas e filhos de famílias evangélicas que frequentam a mesma
igreja que ele. O objetivo do vereador seria, a partir das respostas dos
professores, divulgar a informação falsa de que a as escolas da Prefeitura de
Conde estão ensinando crianças a serem homossexuais.
Nesta segunda-feira (13), o vereador foi até uma das escolas
e já entrou no prédio gravando a ação com um telefone celular e perguntando aos
gritos à diretora porque ela estava permitindo que a ideologia de gênero fosse
ensinada a estudantes. Uma armação que foi desmascarada pelas equipes da
escola.
A diretora, professores e professoras negaram que exista
este tipo de ensino nas escolas de Conde ou em qualquer outra escola da região.
Compreenderam, então, a razão de as crianças filhas das famílias evangélicas
terem insistindo em perguntar sobre o tema, o que nunca havia acontecido antes.
O vereador quer de todo jeito aprovar um projeto de lei de
sua autoria contra a inexistente ideologia de gênero no município de Conde. O
projeto de Malba, diga-se de passagem, é inconstitucional. O ministro do STF
(Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli, no dia cinco de julho deste, ano barrou
uma lei já aprovada com o mesmo sentido, proibir ideologia de gênero nas escolas
de Foz do Iguaçu, no Paraná. O ministro disse que em seu despacho que só a
União pode alterar a legislação do ensino. Nenhum município pode implantar
aulas de ideologia de gênero. Quanto ao Conde, não há, nunca houve, qualquer
intenção de modificar o currículo incluindo uma matéria que simplesmente não
existe.
A orientação de Malba às crianças aconteceu na semana
passada. O vereador as instruiu para que perguntassem a professores e
professoras o que é ideologia de gênero. As crianças obedeceram e questionaram
os educadores em sala de aula.
Uma das professoras se dispôs a esclarecer os estudantes
achando que se tratava de uma curiosidade despertada pelo projeto de Lei do
vereador que proíbe ideologia de gênero nas escolas de Conde, apesar de não
existir essa matéria e de jamais ter existido qualquer aula sobre o tema.
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