Delegado diz que 'tudo indica' que Exército fuzilou carro de família por engano no Rio
O
delegado Leonardo Salgado, da Delegacia de Homicídios do Rio de
Janeiro, disse neste domingo (7) que "tudo indica" que os militares do
Exército que mataram Evaldo dos Santos Rosa em uma ação durante a tarde em Guadalupe, Zona Oeste do Rio, atiraram ao confundirem o carro com o de assaltantes.
O
automóvel de uma família foi atingido por mais de 80 disparos, segundo
perícia realizada pela Polícia Civil. As cinco pessoas que estavam no
carro iam para um chá de bebê: Evaldo, a esposa, o filho de 7 anos, o
sogro de Evaldo (padastro da esposa) e outra mulher.
Evaldo
dos Santos Rosa, de 51 anos, morreu na hora. O sogro dele, Sérgio, foi
baleado nos glúteos. Seu quadro era estável. A esposa, o filho de 7 anos
e a amiga não se feriram. Um pedestre que passava no local também ficou
ferido ao tentar ajudar. Ainda não há informações sobre seu estado de
saúde.
A
Polícia Civil realizou a perícia no local porque os militares tiveram
dificuldade em realizá-la, segundo o delegado, devido à revolta dos
moradores que testemunharam o crime. Os envolvidos foram ouvidos em uma
delegacia militar.
"Foram diversos, diversos disparos de arma de fogo efetuados, e tudo indica que os militares realmente confundiram o veículo com um veículo de bandidos. Mas neste veículo estava uma família. Não foi encontrada nenhuma arma [no carro]. Tudo que foi apurado era que realmente era uma família normal, de bem, que acabou sendo vítima dos militares", afirmou o delegado em entrevista à TV Globo.
A
família estava em um carro branco que, segundo testemunhas, foi
confundido com um veículo da mesma cor que passou momentos antes.
Nenhum comentário
Deixe aqui o seu comentário!