Usuários do APP ‘Preços da Hora’ denunciam divergência de preços e Governo apura suposta sonegação fiscal em postos
suspeita de sonegação fiscal por parte de postos de combustíveis da Paraíba.
O
aplicativo, desenvolvido pelo Tribunal de Contas do Estado em parceria
com o Governo do Estado e uma equipe de professores da Universidade
Federal da Paraíba (UFPB) foi lançado na sexta-feira (28) e, um dia
depois, usuários denunciaram ao JPB2 que alguns postos estavam vendendo
combustíveis com valores mais altos do que os mostrados no aplicativo.
“Para
a minha surpresa, quando eu fui localizar o posto de combustível com o
preço supostamente mais em conta, eu vi que na realidade a gasolina não
estava mais barata. Ela baixou, mas não estava o mesmo preço no
aplicativo. É uma surpresa desagradável, porque a gente perde o tempo de
ir até o local”, contou o empresário José Carlos Júnior.
Após
a exibição do telejornal com as denúncias, a equipe de desenvolvedores
do “Preço da Hora” se reuniu para avaliar os problemas apontados pelos
consumidores, e constatou que não havia nada errado nos códigos e no
funcionamento do aplicativo.
“O
estabelecimento tem a total liberdade de aplicar o preço que ele quiser.
O que não pode ocorrer é que a prática do preço não seja de fato
efetivada pelo consumidor. Existiam preços que estavam muito abaixo do
normal e que seria improvável que algum consumidor tenha, de fato,
adquirido aquele produto naquele valor”, explica Aléssio Almeida, um dos
desenvolvedores do aplicativo.
O
desenvolvedor explica que durante os testes, o mesmo produto, ao longo
do dia, chegou a ter cinco preços diferentes no mesmo estabelecimento.
“Levantou-se uma suspeita, a gente fez um relatório técnico e
encaminhamos para a Secretaria da Fazenda do Estado para uma análise
mais aprofundada para ver se condiz com irregularidade”, diz.
Para
o secretário executivo da Fazenda da Paraíba, Bruno Frade, a prática é
criminosa: “Consignar em nota fiscal um valor diverso do valor real da
operação é ilegal e pode ensejar inclusive em crime contra a ordem
tributária”.
Nenhum comentário
Deixe aqui o seu comentário!