O
presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (24), que não tem problemas com o
ministro da Justiça, Sergio Moro, mas reagiu quando questionado se Moro teria
carta branca. “Eu tenho poder de veto em
qualquer coisa, senão eu não era presidente. Todos os ministros têm ingerência
minha. Eu fui eleito para mudar”, disse. Bolsonaro indicou cinco nomes para
integrar o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Apesar de o Cade
ser formalmente ligado ao Ministério da Justiça, o ministro não foi consultado
e não teve influência em nenhuma das indicações. Dois nomes foram
negociados com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), os advogados
Luiz Augusto Hoffmann e Lenisa Rodrigues Prado que foi indicada para o cargo de
procuradora-geral do órgão. Bolsonaro também indicou
para o conselho o advogado Sérgio Costa Ravagnani e o economista Luiz Henrique
Bertolino Braido. O superintendente-geral do órgão, Alexandre Cordeiro, foi
reconduzido ao cargo. Todos os indicados passam pela em comissão do Senado e
precisam ter seus nomes aprovados pelo plenário da Casa. A tentativa de
atender a senadores vem em um momento em que os parlamentares devem avaliar a
possível indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) para embaixador nos
Estados Unidos. No início do mês, Bolsonaro retirou outros dois nomes indicados
por ele mesmo em maio e que não teriam agradado aos senadores, pois eles haviam
sido escolhidos pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Sergio
Moro. Tradicionalmente,
os escolhidos para o conselho são apontados pelas equipes da Economia e da
Justiça. A equipe de Guedes foi quem escolheu Braido. Ele é PHD em economia
pela Universidade de Chicago, onde Guedes também estudou, e é professor da
Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.
Bolsonaro nega problema com o ministro Sergio Moro.
Reviewed by Litroral Já
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agosto 25, 2019
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