Governador da Paraíba diz que não cederá a pressão de Bolsonaro para poder receber recursos para a Paraíba.
O governador João Azevêdo (PSB), falou sobre as principais
ações de governo e que não cederá a pressão do presidente da República Jair
Bolsonaro (PSL) que sugeriu que para os governos estaduais receberem recursos
tem que estar alinhados com seu governo. O gestor estadual também teceu
críticas as declarações de Bolsonaro contra a formação do Consórcio Nordeste.
Em
relação ao cancelamento de recursos pelo presidente Bolsonaro para a dragagem
do Porto de Cabedelo, construção de barragens, entre outras obras, João Azevêdo
disse que vai a Brasília em busca de construir uma relação republicada, em
“busca daquilo que a Paraíba tem direito”.
“Queremos uma relação republicana sim. Não há como
uma relação entre a Presidência da República e os governos estaduais
acontecerem diferente. Não podemos imaginar que algum estado seja descriminado
por causa de posição política do seu governador. É um contrassenso. Não quero
isso, vou buscar a todo tempo aquilo que o Estado tem direito. Uma boa relação
institucional é obrigação do gestor”, afirmou o socialista.
O governador opinou também sobre a recente declaração
de Jair Bolsonaro, que disse que não vai punir os estados, porém, cobrou o
alinhamento político, principalmente dos governadores da Paraíba e o do
Maranhão, Flávio Dino, para a liberação de recursos federais para obras
executadas pelas respectivas administrações estaduais.
“Não podemos concordar com frases do tipo: ‘os
governadores da Paraíba e do Maranhão só terão recursos se estiverem alinhados
com o presidente Jair Bolsonaro’. Eu não tenho obrigação de estar alinhado com
o presidente. Eu tenho obrigação de estar alinhado com o povo do meu Estado e
não com a figura do presidente. Ele é de um outro partido, eu respeito, mas não
preciso estar alinhado [politicamente] para receber recursos da União. Espero
aquilo que o Estado possa receber por direito e não por favor”, disse.
Já sobre o Consórcio do Nordeste, outro alvo de
críticas de Jair Bolsonaro, João Azevêdo disse que a criação do Consórcio
Nordeste não representa um movimento oposicionista ao presidente da República,
“mas uma forma de concentrar uma série de investimentos em conjunto para a
região. Estados precisam de recursos para investimentos”.
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