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João anuncia fim de contratos com OS e criação da Fundação PB Saúde


O governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), anunciou, em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (23), que irá encerrar contratos com todas as organizações sociais responsáveis pela gestão de hospitais e unidades de saúde do estado. Ele informou que encaminhou para a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) o projeto de criação da Fundação PB Saúde, que assumirá a administração e operação das unidades.
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“Depois de muitas discussões optamos encaminhar projeto à ALPB para criar a Fundação PB Saúde, assumir responsabilidade de gestão dos hospitais e UPAS. Hoje, todas as organizações sociais serão notificadas sobre o fim dos contratos. Extinguiremos, de forma definitiva, a atuação delas no estado”, anunciou João.
O encerramento dos contratos acontecerão nos meses de janeiro e fevereiro, conforme calendário já estabelecido pelo governo do Estado. A Secretaria da Saúde assumirá provisoriamente a gestão das unidades de saúde até o período de transição para a PB Saúde. A previsão é de que a fundação comece a operar em abril.
“Com a Fundação PB Saúde, vamos resolver, além do problema claro de gestão, a questão dos codificados, que é um problema que se arrasta por mais de 20 anos. [Prevemos que] 4.700 de níveis médio e técnico e 1.800 de nível superior serão incorporados através de processo seletivo”, disse o governador, acrescentando que serão firmados contratos com 700 médicos, em modalidade ‘PJ’ (pessoa jurídica).
“Estamos criando um marco. Hoje é uma data extremamente importante. É um marco de nova rotina administrativa da Paraíba”, destacou.

Operação Calvário

A coletiva convocada por João Azevêdo é uma resposta aos últimos acontecimentos relativos à Operação Calvário. “Não há condições na Paraíba de utilizar OS por um bom tempo. Pelo menos no meu governo não serão utilizadas”, cravou.
Segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), a campanha que elegeu João Azevêdo foi beneficiada pelo esquema de corrupção investigado na Operação Calvário. O governador negou ter conhecimento ou participação em atos ilícitos.
“Nesse governo não haverá continuidade de corrupção. Não houve, não há e jamais terá compromisso de minha parte com qualquer ilegalidade. Se surgirem novas pessoas suspeitas, elas serão devidamente afastadas”, alegou.
João Azevêdo acrescentou que quando falou em continuidade do projeto de Ricardo Coutinho, durante a campanha eleitoral, se referia a obras e a feitos em benefício da população, e não a falcatruas.
“Nunca me reuni com quem quer que fosse para pedir dinheiro para campanha, muito menos com o senhor Daniel Gomes [operador da Cruz Vermelha do Brasil, flagrado em negociação com Ricardo Coutinho]. A partir de janeiro de 2019, a Paraíba ganhou um novo governo. João Azevêdo, não Ricardo Coutinho”, disse, reforçando que não é mais aliado político do ex-governador.

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