Justiça mantém prisão de ex-prefeito paraibano por tráfico de drogas
A Justiça da Paraíba manteve, nesse sábado (19), durante audiência de custódia, a prisão do ex-prefeito do município de Vista Serrana, Sérgio Garcia da Nóbrega. O ex-gestor foi preso pela segunda vez, na última sexta-feira (18), acusado de chefiar uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas no Sertão paraibano.
O juiz plantonista avaliou apenas se ocorreu algum abuso policial no decorrer da operação. O mérito da prisão não chegou a ser julgado, pois o magistrado entendeu que a competência é do juiz titular da 5ª Vara Regional das Garantias, de Patos.
Sérgio já havia sido preso em março de 2025, juntamente com outros sete envolvidos de participar do esquema. Porém, eles foram soltos com o relaxamento das decisões judiciais.
Além do ex-prefeito, a Justiça também manteve, pelas mesmas alegações, a prisão de outro integrante da organização, Albinete Gomes de Araújo. Conforme apurou o Portal MaisPB, o réu é coordenador da Defesa Civil do município de Vista Serrana.
O esquema
A Polícia Civil da Paraíba informou que as investigações comprovaram que foram investidos cerca de R$ 800 mil para compra da fazenda, insumos agrícolas, mão-de-obra, melhorias na infraestrutura da propriedade e na construção de sistema de irrigação para plantação de maconha.
O delegado responsável pela investigação, Diego Passos, informou, ao Portal MaisPB e Programa Hora H da Rede Mais Rádios e Rádio POP FM, que com as prisões o caso foi encerrado. No entanto, pontuou que outras duas pessoas seguem foragidas.
“Nós encerramos as investigações desse caso. Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público da Paraíba, duas pessoas seguem foragidas. São pessoas ligadas ao polígono da maconha, que atuavam no cultivo da droga”, disse Diego.
Além disso, o delegado frisou que os alvos da ação integravam um esquema de grande estrutura, liderado pelo ex-gestor. “As investigações concluíram que houve toda uma estrutura ordenada, orquestrada para produção da maconha aqui no Sertão paraibano, especificamente, na fazenda chamada Cacimba Nova, em Malta”, acrescentou.
“Nós destruimos em outubro de 2024 cerca de 60 mil pés de maconha. Cada pé geralmente dá uma produção de 2 a 3 quilos de droga. E o quilo da maconha pura é vendido por cerca de R$ 3 mil. Então eram cifras milionárias que seriam lucradas”, concluiu Diego Passos.
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