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Ex-marido que matou policial penal em Patos tentou enganar a polícia com falsas pichações de facção criminosa; Crime foi planejado

 





O feminicídio da policial penal Edvânia Limeira da Silva, de 38 anos, ganhou novos desdobramentos neste fim de semana. O marido da vítima, identificado como Leonardo, foi preso neste sábado (8) no município de Caetés, no Agreste de Pernambuco, suspeito de ser o autor do crime. O caso é investigado pela Polícia Civil da Paraíba e aponta fortes indícios de premeditação e tentativa de despistar as autoridades.

Segundo as investigações, Leonardo tentou enganar a polícia simulando uma execução ligada a facção criminosa, numa tentativa de afastar as suspeitas sobre si. Dentro da casa onde Edvânia foi encontrada morta, no bairro Jardim Magnólia, em Patos, havia pichações nas paredes com o termo “X9” e o nome de uma suposta facção.

Após análise pericial e depoimentos, os delegados Diego Passos e Claudionor Lúcio descartaram qualquer envolvimento com o crime organizado. As inscrições, segundo eles, foram feitas pelo próprio suspeito como parte de uma estratégia para confundir os investigadores e simular um crime de execução.

Crime premeditado

A apuração aponta que Leonardo planejou o assassinato. Dias antes da morte, Edvânia comentou com colegas que não estava conseguindo acessar as câmeras de segurança de casa, o que levanta a suspeita de que o sistema pode ter sido manipulado.

A vítima foi encontrada morta dentro da própria residência, ainda vestida com o uniforme de trabalho, indicando que o crime pode ter ocorrido logo após o retorno de um plantão. Há indícios de violência física e possível luta corporal.

Com 13 anos de atuação no Presídio Feminino de Patos, Edvânia era respeitada e querida entre os colegas, que receberam a notícia com profunda tristeza. Em nota, a Associação Geral dos Policiais Penais da Paraíba (Agepen-PB) lamentou o ocorrido e manifestou solidariedade à família, amigos e servidores do sistema penal.

“Edvânia era uma profissional exemplar, dedicada e respeitada. Sua perda deixa um vazio imensurável na categoria”, afirmou a entidade.

A Polícia Civil da Paraíba segue reunindo provas e depoimentos para definir a dinâmica do crime e confirmar se o suspeito agiu sozinho.

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