Fachin prorroga prazo para Temer responder às perguntas da PF
Edson Fachin,
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem (6) prorrogar o
prazo para que as 82 perguntas feitas pela Polícia Federal sejam
respondidas pelo presidente Michel Temer. Com a decisão, o presidente
terá até as 17h de sexta-feira (9) para respondê-las. A decisão foi
motivada por um pedido dos advogados do presidente.
Na segunda-feira (5), a PF enviou à
defesa de Temer os questionamentos por escrito, que fazem parte do
depoimento no inquérito sobre citações ao presidente na delação da JBS.
No entanto, os advogados alegaram que precisam de mais tempo para
analisar e responder aos questionamentos. O prazo terminaria ontem, às
16h.
Na petição, os advogados informam que
Temer estaria habilitado para responder às perguntas no fim desta
semana, na sexta-feira (9) ou no sábado (10).
“Em face da complexidade e da
surpreendente quantidade dos quesitos formulados (82), entende-se ser
absolutamente impossível e contrário ao princípio da razoabilidade
exigir-se uma manifestação do Sr. Presidente da República no exíguo
prazo de 24 horas, lembrando-se que, para a sua elaboração, não foi
consignado nenhum prazo”, argumenta a defesa.
Na semana passada, o ministro Edson
Fachin, relator do inquérito, concedeu prazo de 24 horas, após o
recebimento, para que Temer respondesse às perguntas da PF sobre o áudio
em que foi gravado em conversa com o empresário Joesley Batista,
delator e dono da JBS.
Segundo o ministro, o presidente tem o
direito constitucional de não produzir provas contra si e pode deixar de
responder parte das perguntas se a defesa julgar necessário.
Com Agência Brasil
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