Repercução na imprensa internacional tensão política no Brasil após ordem de prisão de Lula
O Jornal Americano " The Washington Post"
publicou em seu site uma reportagem da agência Associated Press com o
título “Brasil se prepara para iminente prisão do ex-presidente Lula”.
O texto afirma que “o maior país da América Latina se prepara para algo
inimaginável há alguns anos” e lembra que às administrações de Lula
foram atribuídas a retirada de milhões da pobreza em “uma das nações
mais desiguais do mundo”. O texto diz que ainda não está claro se Lula
irá se apresentar à polícia ou se os agentes de segurança terão que
prendê-lo.
'Clarín'
O maior diário argentino dedicava na manhã desta sexta-feira seu
principal destaque a Lula, destacando seu novo pedido de habeas corpus.
Além disso, o jornal informa que "milhares de seguidores de Lula foram
ao local [Sindicato dos Metalúrgicos] à noite para mostrar seu apoio ao
carismático ex-líder trabalhista, chefe de Estado entre 2003 e 2010 e
ícone da esquerda em toda a América Latina". Afirma ainda que "o MST
(movimento sem terra) cortou 50 estradas em todo o país, no que seria o
prelúdio de um enorme protesto nacional em favor do ex-presidente".
Enquanto cresce a expectativa em torno do fim do prazo para Lula se
apresentar, a rede britânica afirma, segundo relatos, que ele “não vai
se entregar à polícia”. A fonte não é especificada.
A publicação afirma que se esperava que ele se entregasse à Polícia
Federal ainda nesta tarde após o Superior Tribunal de Justiça decidir
que ele pode ser preso após a condenação em segunda instância.
'El País'
O jornal espanhol relata a expectativa em torno de como será o
desenlace do mandado de prisão. "O ex-presidente é obrigado a cumprir a
ordem, mas ainda tem inúmeras ferramentas para pelo menos expressar sua
discordância e mostrar que se sente vítima de uma sentença
desproporcional pelo crime de aceitar suborno de uma construtora. Por
exemplo, se ele se render voluntariamente ou esperar que eles venham
buscá-lo, ou se afastar de Curitiba, onde centenas de detratores e
jornalistas o aguardam, ou se for preso em São Paulo".
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