Secretaria investiga óbitos por H1N1
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva
de Vigilância em Saúde, divulgou o boletim da gripe (influenza),
referente ao período de 1º de janeiro a 4 de maio deste ano (1ª até 18ª
Semana Epidemiológica). Foram notificados na Vigilância Universal para
Influenza 96 casos para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), dos
quais três casos foram confirmados para influenza sazonal, sendo um para
influenza A do subtipo H3N2, dois de influenza A do subtipo H1N1pdm09,
55 casos descartados para presença do vírus de influenza e os demais
seguem em investigação.
Quanto aos óbitos, são 22 casos suspeitos
de SRAG, sendo um com identificação viral para influenza A H3N2 (João
Pessoa), dois para H1N1pdm09 (Cabedelo e Serraria) e 13 foram
descartados para o agente etiológico de influenza. Seis óbitos seguem em
investigação.
Dentre os casos internados em 2018 e notificados
para SRAG, chama atenção as doenças cardiovasculares (24%), seguidas das
doenças neurológicas (20%) e outras morbidades (10%), correspondendo
estas ao grupo mais acometido. É importante ressaltar que as
prevalências de doenças cardíacas, pulmonares, metabólicas e neoplásicas
aumentam com a idade, e que os pacientes com doenças crônicas, muitas
vezes, não são vacinados por não estarem cientes de sua condição de
risco ou por falta de recomendação médica.
Entre as medidas de
prevenção contra a gripe, destaca-se a 20ª Campanha de Vacinação
iniciada no dia 23 de abril e que vai até o dia 1º de junho, em todas as
unidades de saúde dos 223 municípios do estado. Já foram aplicadas
76.086 doses, levando a uma cobertura geral de 8,35%. A meta é vacinar
90% dos seguintes grupos prioritários: indivíduos com 60 anos ou mais de
idade; crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos
de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias); gestantes; puérperas (até 45
dias após o parto); trabalhadores da saúde; professores das escolas
públicas e privadas; povos indígenas; portadores de doenças crônicas não
transmissíveis e outras condições clínicas especiais; adolescentes e
jovens, de 12 a 21 anos, sob medidas socioeducativas; população privada
de liberdade e funcionários do sistema prisional.
A SES recomenda a
todos os serviços de saúde do estado que intensifiquem as ações de
prevenção e controle para evitar a transmissão da influenza. Para a
população em geral recomenda-se lavar as mãos com água e sabão,
especialmente antes das refeições, após tossir ou espirrar; ao tossir ou
espirrar, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ou com o braço;
não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
não levar as mãos sujas aos olhos, nariz e boca; evitar contato próximo a
pessoas que apresentem sinais/ sintomas de gripe e utilizar álcool em
gel quando não puder lavar as mãos.
Os profissionais de saúde
devem orientar todos os pacientes com síndrome gripal para retornar ao
serviço de saúde em caso de piora do quadro clínico; realizar
classificação de risco e manejo clínico adequado seguindo o preconizado
pelo Ministério da Saúde; monitorar todos os casos com sintomas de SRAG
internos e em UTI; nos casos de surtos, a vigilância epidemiológica
local deverá ser prontamente notificada /informada, como também a SES;
realizar ações voltadas para Educação em Saúde com as instituições e
comunidades em que atuam, de forma que cada indivíduo tenha conhecimento
sobre as principais medidas de precaução e controle de infecção.
MaisPB
Nenhum comentário
Deixe aqui o seu comentário!