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Quatro cidades da PB têm risco de retorno da poliomielite

quatro-cidades-da-pb-tem-risco-de-retorno-da-poliomieliteQuatro municípios da Paraíba estão na lista do Ministério da 

Saúde que alerta para risco de reintrodução da poliomielite (paralisia infantil). Entraram na relação as localidades que estão com cobertura vacinal abaixo de 50% para a doença. Em todo o país, são 312 municípios. A poliomielite é erradicada no Brasil desde 1990, mas o dado preocupa o Ministério da Saúde. “As baixas coberturas vacinais acenderam uma luz vermelha no país”, divulgou o órgão.

Na Paraíba, preocupa as situações de Mogeiro, no Agreste, que tem apenas 31,82% de cobertura da vacina em crianças menores de um ano; e Marizópolis, Santa Helena e São José de Princesa – todas no Sertão do estado – com 38,30%, 47,76% e 48,84%, respectivamente.

“Para os estados que estão abaixo da meta de vacinação, o Ministério da Saúde  tem orientado os gestores locais que organizem suas redes, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira. Outra orientação é o reforço das parcerias com as creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolver também o núcleo familiar. É fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais, acima de 95%”, comunicou o Ministério da Saúde, acrescentando que Estados e Municípios devem manter os sistemas de informação sobre imunizações devidamente atualizados.

A gerente executiva de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Renata Nóbrega, admitiu que é necessário aumentar a vigilância. “Temos um risco de manifestação por conta da facilidade de locomoção das pessoas. Por isso insistimos que a melhor maneira de evitar a doença é através da vacinação. Se a gente tiver coberturas dentro do ideal da tríplice viral, que é 95%, a gente reduz muito o risco de que tenha surtos na Paraíba”, disse.

Uma lei sancionada em junho na Paraíba obriga a apresentação do cartão de vacina no ato da matrícula nas escolas que oferecem ensino infantil na Paraíba. No caso do matriculado não possuir cartão de vacinação, o responsável terá o prazo de 30 dias para providenciá-lo junto ao órgão responsável. Para Renata, essa ação vai ajudar a reduzir o risco de adoecimento.

“Sabemos que esse grupo de crianças de até 2 anos é uma população que sempre adoece no âmbito escolar. Então, isso vai contribuir com a questão da saúde, de promoção e prevenção. O fortalecimento de estratégias e a identificação das fragilidades tudo isso é importante para que a gente consiga atingir a cobertura vacinal nos 223 municípios do estado da Paraíba”, completa.

A doença

A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infecto-contagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. O déficit motor instala-se subitamente e sua evolução, frequentemente, não ultrapassa três dias. Acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido.

A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

 

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