Romero barrou concessão para o Estado implantar o VLT em CG e Azevêdo dá prazo para que o prefeito execute.
Após a polêmica gerada entre o
governador João Azevêdo e o prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues pela
disputa de 'paternidade' em relação à implantação do Veículo Leve sobre Trilhos
(VLT) em Campina Grande, João Azevêdo disse, nesta sexta-feira (12), que já
tinha conseguido com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o
compromisso de repassar a concessão para o Estado, mas Romero conseguiu sustar
junto ao presidente Jair Bolsonaro, e não irá fazer disputa política pequena.
João Azevêdo contou que, quando
esteve em Brasília, na segunda-feira (8), disse ao ministro da
Infraestrutura "nós temos o dinheiro, nós temos o projeto, nós temos os
técnicos que querem realizar o trabalho e vamos fazer; o ministro disse: esse é
o tipo de projeto que eu gosto, que vem pra cá, que não pede nada".
João Azevêdo saiu de lá com a
informação do ministro de que iria conversar com a sua equipe jurídica para
descobrir a melhor forma de repassar a concessão e com reunião marcada já para
o dia 17 próximo para assinar um termo entre Governo do Estado, Ministério da Infraestrutura
e a concessionária da linha.
No outro dia, o prefeito de
Campina Grande, foi até o presidente e pediu que o presidente ligasse para o
ministro e suspendesse esse documento que iria para o Estado, e que fosse para
a Prefeitura. Olha, eu jamais disputaria a execução de uma obra. O que me
interessa é que a obra seja feita. Se o prefeito de Campina Grande trouxe para
si a responsabilidade de implementar essa obra, que implemente. Não tem
problema nenhum, o Estado vai ficar aguardando", disse João.
O
governador, no entanto, disse que se Romero não realizar a obra, o Governo do
Estado executará.
"Se
o prefeito de Campina Grande disser que tem o dinheiro para fazer, como o
Estado tem os recursos, que diga, anuncie e comece a fazer a obra. Não tem
problema de disputa política comigo, jamais. Agora, tem uma coisa: se ele não
fizer até a data que ele deixar a prefeitura, o Estado vai lá, refaz o projeto
e executa a obra, porque nós temos compromisso com o povo de Campina Grande,
que eu assumi durante a campanha e disse várias vezes que implantaria, e eu não
preciso de recursos do governo federal para fazer essa obra", disse o
governador.
Para implantação do VLT, é
necessária a concessão da linha férrea. Depois que Romero falou com Bolsonaro,
por telefone, o presidente, segundo a Prefeitura campinense, "deu
recomendação expressa ao ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura,
para dar total prioridade à demanda apresentada por Romero".
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