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Farra das diárias: 11 vereadores e servidor de Santa Rita são presos em flagrante por suspeita de peculato


Onze vereadores de Santa Rita foram presos em flagrante na madrugada desta terça-feira (5), na BR-101, enquanto voltavam de uma viagem a Gramado, no Rio Grande do Sul. Eles seguiam de Recife, onde desceram em um voo, para o município da Grande João Pessoa. Os parlamentares são suspeitos do crime de peculato, e os crimes são cometidos através do uso de diárias pagas pela Câmara Municipal. O contador da Casa Legislativa também foi preso. Somente em 2019, a Câmara Municipal já desembolsou mais de R$ 507.723 mil em concessão de diárias. Caso foi denunciado com exclusividade durante quase seis meses pelo portal Paraíba Já, e reportagens surgiram após a série ‘Pra Onde Foi a Grana?‘, que analisou os gastos das 223 Câmara Municipais da Paraíba, e deu origem a série ‘Farra das Diárias‘.


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Foram presos: o presidente da Câmara, Anésio Miranda e os vereadores Brunno Filho de Cicinha, Cícero Medeiros, Sérgio Confecções, Francisco Queiroga, Rosa do Vaqueiro, João Grandão, Marcos Farias, Galego do Boa Vista, Diocélio de Várzea Nova e Ivonete, além do contador da Câmara, Fábio Cosme.
As prisões começaram a acontecer por volta das 3h15, quando Ivonete e Rosa do Vaqueiro foram detidas. Cerca de 15 minutos depois, às 3h30, foi a vez de Cícero e Sérgio Confecções. Menos de 10 minutos depois, Marcos Farias, Brunno e Fábio Cosme foram presos. Somente por volta das 4h30, Diocélio, Galego do Boa Vista e João Grandão foram detidos – o trio tentou fugir.

A ação foi integrada, contando com a participação das Polícias Civis do Rio Grande do Sul, Sergipe, além do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A Polícia Rodoviária Federal deu apoio logístico a operação, realizando a abordagem dos veículos, em um ponto na região de Mata Redonda, em Alhandra.
De acordo com a polícia, os vereadores estavam sendo monitorados desde que embarcaram para a cidade gaúcha.
Conforme o delegado Allan Murilo Térruel, da Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), a operação aconteceu graças a uma informação que foi entregue a polícia sobre a viagem. “Uma pessoa entregou comprovantes da contratação do curso”, contou ao Paraíba Já. “Desvio de recursos públicos para fins pessoais”, detalhou sobre o possível crime cometido pelos vereadores.

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