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Luiz Couto: a fidelidade desprezada pelo PT





 Na noite desta quarta-feira, 26, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma derrota vergonhosa na Câmara Federal. A tentativa da gestão petista de capitalizar com o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) foi pelo ralo. O projeto que barra os decretos foi aprovado por 383 votos contra 98. A votação da bancada da Paraíba ilustra o quanto o PT pode contar com seus “aliados”. Todos os deputados votaram contra o governo, exceto um: Luiz Couto (PT).

Em todos os mandatos do padre tem sido assim. A fidelidade ao partido foi mantida, mesmo que às vezes isso custasse até sua sobrevivência política. Em 2018, convencido pela cúpula petista através de Gleisi Hoffmann, deixou de concorrer à reeleição para a Câmara Federal para se jogar numa aventura kamikaze rumo ao Senado. Que apoio teve do partido na campanha? Praticamente nenhum. Disseram vai. Ele foi. Com a obediência e disposição de sempre servir ao partido, mesmo a contragosto. Como já era esperado, não conseguiu ser eleito e ficou em 3° lugar com 23,10% dos votos válidos. Foi um resultado incrível para uma campanha amadora e que lhe exigia uma maratona de compromissos extenuante.

Luiz é tratado pelo PT como aquele parente que é de casa e a quem não se dá muita atenção. Ele não reclama, não ameaça ir embora, não causa problema, não gera fuxico e está sempre disposto a ajudar. É como dizia uma comunidade do extinto Orkut: “Bonzinho só se f***”.

Os partidos “aliados” estão contemplados com relevantes cargos federais, mesmo que vivam dando botes. O governo de Lula, enrascado com a decrescente aprovação popular, prefere bajular os arredios a reconhecer quem esteve desde sempre na base, na alegria e na tristeza. Qual o quinhão que tem o padre no governo federal? Se tem, é um nano espaço que ninguém consegue ver a olho nu.

Em 2026, Luiz terá em seu partido, o maior adversário que já enfrentou no campo da esquerda. Será um exercício de muita fé acreditar que o PT contemplará ambos com justiça na estrutura de campanha. São perfis radicalmente diferentes. Um feroz. O outro, manso. Diz Mateus 5:5: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. Será que isso também vale para o mandato?

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