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Opinião – A voz da Fazenda Garapu ecoa por Alhandra: saúde não pode esperar






 Na manhã desta quarta-feira, os moradores da Fazenda Garapu, em Alhandra, decidiram transformar a indignação em ação. Com faixas nas mãos e esperança no peito, caminharam pelas principais ruas da cidade até a porta da prefeitura, em um protesto que não pode ser ignorado: mais de 400 famílias estão sem o atendimento básico por falta de agentes comunitários de saúde.

É inadmissível que em pleno 2025 ainda tenhamos cidadãos precisando clamar pelo óbvio: saúde é direito fundamental, não favor. O agente comunitário de saúde é o elo mais próximo entre o sistema e a população, responsável por garantir visitas domiciliares, acompanhamento de gestantes, monitoramento de pessoas com doenças crônicas e incentivo à vacinação. Sem esse apoio, o que resta é o abandono.

As lideranças da comunidade afirmam que já enviaram ofícios à Secretaria Municipal de Saúde, mas nenhuma resposta efetiva foi apresentada. O silêncio do poder público frente a um problema tão grave é, por si só, uma forma de violência contra quem depende exclusivamente da rede pública.

O protesto, pacífico e legítimo, evidencia algo maior: o sentimento de descaso e invisibilidade que assola as periferias e comunidades mais afastadas. Quando mais de 400 famílias precisam sair às ruas para gritar por atenção básica, algo está muito errado na gestão municipal.

Não se trata apenas da Fazenda Garapu, mas de toda Alhandra. Hoje é essa comunidade que clama por respeito, amanhã poderá ser qualquer outra. A saúde pública precisa ser tratada como prioridade real, com planejamento, investimentos e, sobretudo, compromisso com a dignidade humana.

O recado foi dado: os moradores de Igarapu não aceitarão continuar invisíveis. Cabe agora à prefeitura ouvir, dialogar e agir — porque saúde não espera, e vidas estão em jogo. fonte pauta pb

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